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Bernadete e Jack do PSOL: a opção socialista e popular nessas eleições

Bernadete Souza e Jacquelina Meira.

Por José Henrique Abobreira.

Iludem-se aqueles que, levados pelas doces promessas de campanha, acreditam num mar de rosas no governo que sucederá ao nefasto governo municipal. Primeiramente, analisando-se a questão geral do país, “no hay gobierno”.

Os problemas avolumam-se, e o animador de auditório governa para a sua bolha, não para a maioria dos habitantes do Brasil. É como numa gincana televisiva, a brincar com a saúde da população; é uma gripezinha, e daí? Por que tanta pressa com a vacina? Meus Deus! E as mortes pela Covid fazendo sua colheita sinistra, ceifando a vida de mais de 150.000 brasileiros de todas as idades, principalmente na camada mais pobre da população dos guetos e favelas.

A economia, tocada pelo chicago Boy Paulo Guedes, derrete. O assalariado, assustado com o aumento absurdo do custo de vida, não sabe o que levar do mercado para colocar na mesa da família. Tudo com o preço pela hora da morte: arroz, carne, óleo e feijão.

E os desempregados? Milhares de desesperançados, sem uma renda para pagar alimento e moradia para seus filhos. Sem falar dos autônomos uberizados e pejotizados, sem direitos previdenciários e trabalhistas.

O ultraliberalismo – modelo econômico implantado no Brasil a ferro e fogo, a custo de um golpe institucional depondo uma presidenta legítima – e a financeirização da economia –  privilegiando os maganos banqueiros e investidores que não produzem sequer um alfinete – conduzem o Brasil à bancarrota.

A quebradeira das indústrias é alarmante. E a pobreza, trabalhadores e a classe média imprensados, pagando o custo de toda essa farra financeira, via tributação indireta e regressiva penalizando os desiguais. 46 famílias detendo metade da renda nacional e milhões jogados na miséria e desemprego.

E a onda da Covid ameaça uma recidiva violenta, vide a situação da Europa nesses últimos dias, Itália, Espanha e a França.

Então, minhas amigas e amigos ilheenses, aqui nessas eleições, não vamos fantasiar. A luta do governo pós-eleição será dura, imensa. O desafio que se anuncia é fundamentalmente uma inversão de prioridades.

Bernadete e Jackelina, Berna e Jack, mulheres socialistas, mães, companheiras, líderes nas funções que exercem junto às comunidades precarizadas, pela experiência de vida forjada nas lutas do povo, oferecem uma perspectiva nova, um novo rumo, um novo trajeto. Mãos limpas, que cuidarão dos ilheenses com a visão de priorizar os de baixo, enfrentando as grandes distorções sociais e econômicas que nos afligem, desde sempre, mesmo na época áurea da economia do cacau. O coronel no seu automóvel reluzente, último tipo, e o trabalhador que produz a riqueza nu da cintura pra cima, descalço e com os filhos fora da escola, analfabetos. É preciso mudar essa situação injusta, absurda!

Haverá de se priorizar o combate ao desemprego e à fome avassaladora que invadem os lares dos nossos irmãos. Numa visão socialista, de solidariedade entre os precarizados, muito se deverá investir na economia solidária, nos bancos populares de crédito solidário, no sistema cooperativista, organizando a população em busca do potencial criativo que a cidade possui, potencializando a cultura e o turismo.

O governo socialista vai criar frentes de trabalho emergenciais no campo e na cidade. Unidos em cooperativas, pescadores vão ter capacidade de exploração da pesca industrial, indo além da plataforma continental. O litoral da Bahia é prenhe de espécimes de pescados valiosas, como a meca e o atum. Uma atividade que geral muitos empregos.

Outro desafio é potencializar a cultura através do incentivo à instalação e pleno funcionamento de Centros Tecnológicos Culturais para fabrico de artesanato, moda, design, software, capacitando a juventude dos bairros e gerando renda. Esse é o caminho para garantir o financiamento solidário capaz de fortalecer essa teia de talentos que surgirão e gravitarão nesses Centros.

Com a cultura forte, podemos fortalecer o turismo estimulando e promovendo festivais literários, de teatro, dança, artesanato e chocolate da terra. Esse é um caminho para abrirmos Vilas Criativas em locais estratégicos, centros de atração turística com espaços de observação panorâmica e a comercialização pelos moradores locais de sua gastronomia tradicional e seus fazeres tradicionais. A Nova Brasília será uma dessas Vilas Criativas.

Serão muitas as iniciativas dessas mulheres solares, planetárias no governo local, uma mudança radical nos métodos e modos de governar.

José Henrique Abobreira é servidor aposentado da Receita Estadual. Foi vice-prefeito e vereador de Ilhéus. 

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