Marão e Rui Costa divergem sobre critério para reabertura econômica

Na última quarta-feira (1º), em Ilhéus, o governador Rui Costa atravessou a ponte Jorge Amado pela primeira vez e parou diante dos jornalistas que esperavam sua comitiva. A equipe de reportagem da TV Santa Cruz fez chegar ao petista uma pergunta do apresentador Roger Nascimento, que estava no estúdio, em Itabuna. A emissora transmitiu o diálogo ao vivo.

O jornalista perguntou como Rui observava a retomada de atividades econômicas “em cidades da região, com a maioria delas com as vagas de leitos de UTI operando no limite”.

O governador respondeu que o governo estadual está “definindo um parâmetro para ser replicado no estado inteiro. Nessa semana nós vamos bater o martelo nisso, [para dizer] qual é o parâmetro de ocupação de leitos”.

Rui Costa antecipou que o governo quer “utilizar um referencial de 70% [dos leitos]. Acima disso, não seria aconselhável abertura de comércio ou de atividades que gerem aglomeração. Abaixo de 70 [por cento de ocupação], nós criaríamos uma faixa onde seria possível abrir lentamente. Eu me refiro à taxa de ocupação de leitos, que é algo muito objetivo. O que não podemos permitir é – e ninguém quer – que pacientes precisem de leitos e não tenham. Então nós vamos ter que modular o processo de abertura com a disponibilidade de vagas”.

Em Ilhéus, conforme o boletim municipal desse domingo (5), todos os cinquenta leitos de terapia intensiva do SUS para Covid-19 estão ocupados. Pelo critério do prefeito Mário Alexandre (PSD), que é diferente do anunciado por Rui Costa, lotação de UTIs não é motivo para suspender o plano de reabertura econômica.

Talvez seja para a 1ª Vara da Fazenda Pública de Ilhéus, que vai julgar o processo no qual o Ministério Público do Estado da Bahia pediu a suspensão do plano. A ver.