“Reabertura do comércio é caminho para a morte”

Ontem, 2, 0 prefeito Fernando Gomes anunciou que o comércio de Itabuna vai voltar a funcionar a partir da próxima segunda-feira, 8.

O Sindicato dos Comerciários de Itabuna reagiu ao anúncio afirmando que a “reabertura do comércio é caminho para a morte”.

Leia a nota da entidade na íntegra.

REABERTURA DO COMÉRCIO É CAMINHO PARA A MORTE

Contrariando dados oficiais, o prefeito Fernando Gomes anunciou, nesta terça-feira, 02, que o comércio de Itabuna será reaberto na próxima segunda-feira, 08 de junho.

O prefeito toma a decisão mais desastrosa justamente no pior momento da pandemia em nossa cidade. Segundo a Sesab (Secretaria de Saúde do Estado da Bahia), Itabuna só fica atrás de Salvador em número de casos confirmados. Quantos especialistas foram ouvidos para que tal decisão fosse tomada? Com a reabertura, o sistema de saúde do município suportará o aumento de casos? De forma irresponsável, Fernando Gomes cede às pressões de determinados setores, em detrimento do restante de toda a população, que precisa ser protegida e cuidada.

A ausência de um plano estratégico de enfrentamento ao Covid-19 criou problemas seríssimos para a cidade e para as vidas das pessoas. Quem se responsabilizará pelas vidas dos quase 10 mil comerciários, comerciárias e clientes que transitarão por estas lojas? A prefeitura está preparada para fiscalizar todo o comércio de Itabuna, um comércio descentralizado, onde bairros que possuem atividade comercial intensa, como Fátima e São Caetano, apresentam os maiores índices de contaminação? O prefeito pode garantir a segurança aos profissionais que farão esta fiscalização? O sistema de transporte voltará a funcionar? Como será o deslocamento destes trabalhadores e trabalhadoras?

Esta medida poderá representar, num curto espaço de tempo, o caminho para a morte. Os maiores interessados e interessadas no retorno do funcionamento do comércio são os trabalhadores e as trabalhadoras. Contudo, a necessidade de retorno à normalidade econômica não pode representar risco de vida para comerciários, comerciárias, clientes e a sociedade em geral.