As imagens geradas por inteligência artificial: o avanço tecnológico e suas implicações éticas.
Palavras-chaves: IA
A imagem do Papa Francisco vestindo uma jaqueta branca foi amplamente divulgada nas redes sociais no último final de semana, gerando um grande buzz entre os usuários da internet. A grande surpresa foi que essa imagem não era uma foto real do pontífice, mas sim uma imagem gerada por uma inteligência artificial (IA).
As IA gerativas, conhecidas como GANs, têm sido um dos avanços mais significativos na área de inteligência artificial nos últimos anos. Essas tecnologias permitem que as pessoas criem conteúdos inéditos e originais, como textos, imagens, vídeos e até mesmo música, usando como base diversas informações prévias. Com isso, tornou-se possível gerar imagens altamente realistas de pessoas que não existem de verdade, como é o caso do site “This Person Does Not Exist”.
Dois dos softwares mais populares na área de IA gerativa são o Dall-e e o Midjourney, que estão passando por melhorias para fornecer imagens ainda mais realistas. Para ter acesso à criação, os usuários precisam redigir comandos em texto na plataforma que detalhem as características essenciais para o conteúdo. A partir disso, a máquina cria as imagens analisando sua base de informações e identificando padrões para criar as fotos originais.
Embora a imagem do Papa fosse bem realista, era possível notar algumas limitações nos detalhes que revelavam que a imagem tinha sido produzida por uma IA. No entanto, as últimas versões dos recursos já buscam solucionar esse problema.
As imagens geradas por IA se tornaram uma febre no final do ano passado, com muitas pessoas publicando o resultado dessas fotos nas redes sociais. Outras imagens polêmicas já foram geradas, como a prisão do ex-presidente Donald Trump e do presidente da Rússia, Vladimir Putin.
O avanço dessa tecnologia tem permitido a criação de muitas ferramentas, incluindo o ChatGPT, que tem sido aprimorado para compreender situações mais complexas e fornecer respostas ainda mais aprimoradas. No entanto, as IA gerativas também têm sido alvo de debate por conta da aplicação de deepfakes e do uso das criações por artistas, especialmente em questões éticas e autorais.
De acordo com pesquisadores de universidades na Inglaterra e Estados Unidos, a ferramenta “This Person Does Not Exist” é capaz de criar rostos considerados mais reais do que as próprias faces humanas, gerando questionamentos éticos sobre o uso dessas tecnologias. A criação de deepfakes, por exemplo, pode ser utilizada para manipular informações e espalhar notícias falsas.
Vale lembrar que a tecnologia da IA gerativa tem uma série de aplicações em diferentes áreas, como no desenvolvimento de jogos, no cinema e na publicidade, além de ser uma ferramenta valiosa para a criação de conteúdo original e inovador. No entanto, é importante que haja um cuidado especial em relação ao uso dessas tecnologias e às consequências éticas que elas podem gerar.
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