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Café com Política debate agricultura em encontro na zona rural de Ilhéus

Do Jornal Bahia Online

Em comemoração à semana do meio ambiente, o Coletivo Café com Política se reuniu às margens do Rio Almada, em Sambaituba, com o tema Realidade Agrária e Agrícola do município de Ilhéus. Na oportunidade fez-se uma discussão sobre a situação da terra e da agricultura, sobre a realidade hídrica, sobre a fragilidade do município quando a questão envolve a produção de alimentos, já que a maior parte deles vem de outros municípios e de outras regiões, sendo que temos uma riqueza de terras férteis, riqueza de recursos hídricos, uma natureza exuberante.

Ficou constatado que Secretarias municipais como Agricultura, Meio Ambiente deveriam ter “maior presença” no ciclo orçamentário do município, já que, segundo o grupo, são invisíveis, ou seja, os valores destinados a estas pastas são ínfimos. “Destacamos a presença maciça de assentamentos de reforma agrária e diversos acampamentos, além de experiências coletivas de “feiras” de produtos da agricultura familiar, a exemplo da feira da UESC às sextas-feiras, a da 2 de Julho, aos sábados e a do Pacheco. Mas vemos pouco ou nenhum incentivo dos poderes para que a produção agrícola aumente no município”, informou José Henrique Abobreira, incentivador do projeto..

Também foi lembrada a realidade das Escolas do Campo do município, consideradas carentes de infraestrutura, de pessoal com formação específica em educação do campo, de livros didáticos específicos para atender a situação dos cidadãos que e trabalham no campo.

“Discutimos que é preciso mais atenção dos governos e da Secretaria de Educação para aliar a educação que é praticada nas escolas do campo, com a realidade indígena, quilombola, da agricultura, assim como promover investimentos para que as pessoas que tem sítios, glebas, pequenas propriedades tenham ACESSO a INVESTIMENTOS FINANCEIRO e TÉCNICO dos órgãos públicos e técnicos”, afirmam.

O grupo defende a construção de um município que olhe para os seus cidadãos e contribuintes de forma isonômica, já que as gestões “ignoram” a realidade dos povos do campo. “Destacamos, inclusive, a migração campo-cidade, quando tínhamos 80% da população vivendo no campo lá pelos idos de 30, reduzindo para 30% nos anos 2000, e atualmente, com apenas 15,7% de pessoas vivendo nas comunidades rurais. E a pergunta que não quer calar: por que uma migração tão monstruosa, num município que tem um território tão grande”, denuncia o grupo.

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