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Clientes lamentam enquanto plataformas asiáticas estão sendo alvo

O sucesso das plataformas de comércio eletrônico estrangeiras no Brasil pode estar ameaçado pela possibilidade de taxação. Shein, AliExpress e Shopee são algumas das empresas que realizam milhões de vendas todos os dias para os consumidores brasileiros e que, segundo a Frente Parlamentar Mista do Empreendedorismo (FPE), aproveitam-se da legislação para não pagar impostos, deixando as plataformas nacionais em condição de desvantagem.

Para o deputado Marco Bertaiolli (PSD-SP), presidente da FPE, é preciso promover um tratamento mais igualitário a essas empresas. “Vamos pedir para as empresas brasileiras terem a mesma competitividade. É uma concorrência desleal quando você tem um tratamento desigual para produtos iguais”, afirmou.

A briga contra os e-commerces internacionais ganhou força principalmente após a chegada da Shein, fast-fashion chinesa que vende roupas e acessórios a preços baixos. Durante a pandemia, a empresa estourou por aqui. Sobre o assunto, a Shein disse em nota que cumpre as leis e regulamentos do Brasil e que opera no país desde 2020, incluindo em “regiões remotas do Norte e Nordeste, utilizando parceiros logísticos locais”. A empresa também destaca suas parcerias com fornecedores e vendedores locais.

Já a Shopee afirmou que opera como empresa local e que mais de 85% dos pedidos são de produtos de parceiros brasileiros, que totalizam 3 milhões de cadastros na plataforma.

Nas redes sociais, os consumidores criticam a postura do governo de querer taxar as gigantes asiáticas, já que a solução mais viável para quem compra seria outra. Para muitos, o ideal é reduzir a carga tributária de empresas locais para que os brasileiros voltem a consumir produtos nacionais.

A ideia do Ministério da Fazenda e do Congresso Nacional é reunir vários impostos já existentes no Imposto sobre Valor Agregado (IVA) e aplicá-lo aos e-commerces estrangeiros. A proposta está em discussão no âmbito da reforma tributária.

Caso a taxação seja implementada, muitos consumidores podem se sentir desestimulados a comprar em sites estrangeiros por causa do aumento dos preços finais dos produtos. Embora as empresas asiáticas tenham mostrado esforços para se adequar às regulações brasileiras, há uma preocupação de que a concorrência desleal possa continuar existindo.

Além da questão da competitividade, a taxação de e-commerces estrangeiros pode ser uma oportunidade para arrecadar mais impostos e aumentar a receita do governo. Porém, para muitos consumidores e empresas locais, essa medida pode trazer mais complicações do que benefícios.

De qualquer forma, ainda não existe uma definição oficial sobre a taxação. Enquanto isso, as plataformas de comércio eletrônico continuam a crescer no Brasil, oferecendo aos consumidores preços atrativos e uma ampla variedade de produtos. Como essa história irá se desenrolar nos próximos meses, apenas o tempo dirá.

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