O que está acontecendo com as montadoras de veículos que decidiram parar suas fábricas?
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Grandes montadoras brasileiras, incluindo Hyundai, Stellantis, Volkswagen e Chevrolet, aderiram à prática de férias coletivas nos últimos dias. Alegadamente, as razões para a suspensão temporária da fabricação de veículos estão relacionadas à falta de componentes. No entanto, algumas fontes acreditam que os pátios lotados são o verdadeiro motivo para essa movimentação.
Para reduzir o tempo de estoque das concessionárias e os pátios lotados, essas empresas decidiram suspender a produção de veículos. Dessa forma, a falta de oferta não desvalorizará os produtos no mercado, mantendo os preços estáveis para garantir a lucratividade.
Antônio Jorge Martins, professor de MBAs da FGV e especialista no setor automobilístico, explicou que as montadoras estão se adaptando ao novo nível de produção do mercado brasileiro e que a lucratividade é a principal preocupação delas. Como resultado, ele afirmou que é improvável que os preços dos automóveis caiam.
Além disso, a inflação e as taxas de juros elevadas podem estar desestimulando os consumidores a comprar carros. Como os custos de financiamento agora também são mais elevados, o número de pessoas que tomam empréstimos para esse fim também diminuiu.
Segundo Martins, cerca de 60 a 70% das vendas de veículos são fruto de financiamentos. No entanto, com a taxa básica de juros em alta e a oferta reduzida de crédito, é pouco provável que as vendas do setor automobilístico aumentem significativamente no futuro.
Em 2022, as vendas de automóveis e comerciais leves tiveram queda de 0,85%. No entanto, houve um aumento de 4,9% nos ônibus e motocicletas vendidos. De acordo com o presidente da Fenabrave, Andreta Júnior, o resultado poderia ter sido melhor se a Copa do Mundo não tivesse afetado negativamente as vendas de automóveis e comerciais leves.
Por outro lado, o mercado de carros usados sofreu uma desvalorização significativa após a pandemia. Durante a crise, as lojas ofereciam até 100% do valor da tabela Fipe pelos carros usados. Agora, a tabela está em torno de 65% e 75%. Especialistas acreditam que esse percentual permanecerá estável, exceto para os carros de alto padrão e exóticos, que costumam ser difíceis de encontrar.
Conclui-se, portanto, que as montadoras brasileiras estão lidando com os desafios do mercado automobilístico e adaptando-se às condições atuais para manter sua lucratividade. No entanto, os preços dos carros no Brasil devem ficar estáveis ou até mesmo aumentar, enquanto a taxa básica de juros permanecer em alta e a oferta de crédito continuar reduzida.
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