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Combustíveis mais baratos: a verdade sobre os preços durante o governo Lula

Os preços dos combustíveis sofreram um novo aumento desde a volta da cobrança de impostos federais. Segundo dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a gasolina ficou 4,38% mais cara entre 5 de março e 1º de abril, com um acréscimo de R$ 0,23 por litro. Embora a variação pareça pequena, ela faz bastante diferença no bolso dos consumidores, especialmente de quem usa o veículo para trabalhar.

Quanto mais cara a gasolina, maior a parcela que ela compromete da renda das famílias. No entanto, embora o preço dos combustíveis esteja em alta, a ANP aponta que o valor da gasolina ainda está 23,50% menor do que em igual mês de 2022. Atualmente, o valor médio do produto é de R$ 5,50 no país, enquanto há um ano ele era vendido a, em média, R$ 7,22.

A queda de mais de R$ 1,70 por litro em apenas 12 meses é resultado de medidas como a isenção de impostos sobre os combustíveis adotada durante a gestão de Jair Bolsonaro. Na época, o ex-presidente desonerou gasolina, etanol e diesel até o dia 31 de dezembro para tentar conter o avanço dos preços.

Assim que tomou posse, Lula manteve a desoneração até março, mas a prorrogação perdeu a validade. Apesar da volta dos tributos, o motorista ainda paga bem mais barato do que há 12 meses.

No recorte por estado, a maior desvalorização nos preços do combustível ocorreu no Piauí (-30,87%), seguido de perto por Minas Gerais (-29,98%). Já as menores reduções foram registradas no Amazonas (-13,77%) e em Roraima (-13,82%).

A gasolina teve queda nos últimos 12 meses em todas as regiões brasileiras, com destaque para o Sudeste, onde a redução foi de 25,38%. A lista segue com Centro-Oeste (-25%), Nordeste (-23,30%), Sul (-21,14%) e Norte (-20,82%).

Embora se possa verificar a redução dos preços da gasolina em todo o país, especialistas alertam para os riscos de uma alta prolongada e constante dos preços dos combustíveis. Isso pode afetar diretamente a inflação, com aumento dos custos de produção e dos preços dos produtos e serviços. Além disso, o aumento dos preços vem gerando uma grande pressão social contra o governo, com protestos no Brasil e em diversas partes do mundo.

Por outro lado, há críticas à manutenção da desoneração dos combustíveis como medida paliativa, que não resolve os problemas estruturais do país. Especialistas defendem a necessidade de reformas tributárias e políticas de energias renováveis para trazer uma garantia de preços mais estáveis e, ao mesmo tempo, um meio ambiente mais preservado.

Enquanto isso, o consumidor acompanha a variação dos preços de perto, preocupado em como o aumento dos combustíveis vai afetar o orçamento familiar e, também, o mercado de trabalho. Afinal, grande parte das pessoas depende do transporte para chegar ao trabalho e desempenhar suas atividades diárias.

Em resumo, a volta da cobrança de impostos federais trouxe um aumento no preço dos combustíveis, mas ainda há queda quando se faz uma análise mais ampla. Entretanto, é importante se atentar para a necessidade de uma política mais estruturada para garantir preços mais estáveis e um meio ambiente mais preservado.

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