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Comunidade quilombola em Ilhéus sofre com inundação após chuvas fortes.

A comunidade quilombola certificada de Ilhéus, cidade do sul da Bahia, voltou a ser atingida pelas fortes chuvas que caíram na região nesta sexta-feira (21). As casas e plantações da comunidade foram totalmente invadidas pelas águas do Rio Cachoeira, demonstrando a vulnerabilidade das populações tradicionais diante das mudanças climáticas.

A comunidade quilombola de Ilhéus é a única certificada pela Fundação Cultural Palmares na cidade, e é composta por famílias que preservam tradições culturais e saberes ancestrais. No entanto, a degradação ambiental e as mudanças climáticas têm colocado em risco a sobrevivência dessa população, que depende do Rio Cachoeira para suas atividades econômicas e subsistência.

Essa não é a primeira vez que a comunidade é atingida por enchentes. Em maio de 2019, as águas do rio também invadiram as casas e plantações, causando prejuízos e transtornos para os moradores. A situação se agrava a cada ano, já que as chuvas têm sido mais intensas e frequentes na região.

Além disso, a comunidade também sofre com a falta de infraestrutura básica e serviços públicos de qualidade. As estradas que levam à comunidade são precárias e muitas vezes intransitáveis, o que dificulta o acesso aos serviços de saúde e educação. A população também não conta com saneamento básico e enfrenta problemas de abastecimento de água potável.

A situação da comunidade quilombola de Ilhéus é um exemplo da vulnerabilidade das populações tradicionais frente às mudanças climáticas e à falta de políticas públicas adequadas. É necessário que o poder público tome medidas para garantir a segurança e o bem-estar dessas populações, promovendo o desenvolvimento sustentável e a preservação das tradições culturais.

Além disso, é preciso investir em infraestrutura básica e serviços públicos de qualidade nas comunidades tradicionais, garantindo o acesso aos direitos básicos como saúde, educação e saneamento básico. A população também precisa ser capacitada para lidar com os efeitos das mudanças climáticas e a preservar o meio ambiente, de forma a garantir a sustentabilidade das atividades econômicas e a sobrevivência das gerações futuras.

O caso da comunidade quilombola de Ilhéus é um alerta para a necessidade de políticas públicas efetivas e ações concretas para lidar com os desafios das mudanças climáticas, que afetam principalmente as populações mais vulneráveis e marginalizadas. É necessário que as autoridades façam a sua parte, visando garantir um futuro mais justo, sustentável e inclusivo para todos.

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